O primeiro documento escrito que revela a influência da música sobre o corpo humano foram os Papiros de Lahun com datação de 1800 a.C., descobertos em 1889 no povoado de Lahum no Egito, pelo egiptólogo Flinders Petrie. Outros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.
O uso da música como terapia começou a ter o seu método sistematizado após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando músicos amadores e profissionais passaram a tocar nas enfermarias para os soldados veteranos. Os médicos e enfermeiros logo notaram melhoras no bem-estar dos pacientes. A música age diretamente na região do cérebro que é responsável pelas emoções, gerando motivação e afetividade, além de aumentar a produção de endorfina, que uma é substância naturalmente produzida pelo corpo, que gera sensação de prazer.
O primeiro curso universitário de Musicoterapia foi criado em 1944 na Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. Em 1974, o Conservatório Brasileiro de Música, do Rio de Janeiro, cria o primeiro curso de graduação de Musicoterapia. Hoje, no mundo, existem vários cursos, que vão da graduação ao doutorado.
A Musicoterapia auxilia no tratamento de problemas tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental, pois a música é capaz de estimular e despertar emoções, reações, sensações e sentimentos, pois cada ritmo musical produz um trabalho e um resultado diferente no corpo. Esta terapia pode unir-se a outras técnicas como relaxamento, reiki, ioga, acupuntura, entre outras.
Um estudo, iniciado em 2010, realizado pela pesquisadora Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ), analisa os efeitos de determinadas músicas clássicas, e suas ondas sonoras, sobre o desenvolvimento ou regressão de tumores cancerígenos de mama. Segundo o estudo quando células MCF-7 (de câncer de mama humano) são expostas à 5ª Sinfonia de Beethoven e à composição Atmosphères, de Gyorgy Ligeti, tendem a diminuir de tamanho e morrer.
Segunda a pesquisadora, esse estudo demonstrou que a música poderia servir como parte importante de tratamentos de câncer de mama, não só por ser importante para a parte emocional de todo doente de câncer mas, também, por afetar diretamente o desenvolvimento dos tumores.
A Musicoterapia, como benefícios, estimula o bom humor, aumenta a disposição e consequentemente, reduz a ansiedade, o stress e a depressão, além de:
- Ajudar a tolerar o tratamento contra o câncer
- Melhorar a expressão corporal
- Aumentar a capacidade respiratória
- Estimular a coordenação motora
- Controlar a pressão arterial
- Aliviar as dores de cabeça
- Melhorar os distúrbios do comportamento
- Auxiliar em doenças mentais
- Melhorar a qualidade de vida
- Ajudar a suportar dores crônicas